quarta-feira, 21 de maio de 2008

FICHAMENTO DE ARTIGO - 19/05/08

Fichamento artigo

Orestes V. Forlenza

REVISTA DE PSIQUIATRIA CLINICA

TRATAMENTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER

Orestes V. Forlenza. Laboratório de Neurociências – LIM 27, Departamento e Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Av. Dr. Ovídio Pires de Campos 785 – 05403-010 – São Paulo – SP; e-mail: forlenza@usp.br

Resumo

A doença de Alzheimer causa declínio cognitivo principalmente em pacientes senis e é uma doença que cursa com uma diminuição da atenção. O tratamento é feito com inibidores de colinesterase que são hoje os fármaco de escolha para o tratamento desta doença.
Introdução
A doença de Alzheimer (DA) é a principal causa de declínio cognitivo em adultos, sobretudo idosos, representando mais da metade dos casos de demência. A idade é o principal fator de risco: sua prevalência passa de 0,7% aos 60 a 64 anos de idade para cerca de 40% nos grupos etários de 90 a 95 anos. Isso revela a magnitude do problema no Brasil, onde já vivem cerca de 15 milhões de indivíduos com mais de 60 anos.

Caracteriza-se por distúrbio progressivo da memória e outras funções cognitivas, afetando o funcionamento ocupacional e social. O transtorno da memória afeta os processos de aprendizado e evocação. Ocorre diminuição na aquisição de novas informações, com piora progressiva até que não haja mais nenhum aprendizado novo. Embora haja certa preservação da memória remota, em estágios iniciais, a perda de memória é global na evolução da DA. O indivíduo torna-se progressivamente incapaz de desempenhar atividades da vida diária (trabalho, lazer, vida social) e de cuidar de si mesmo (cuidar do próprio asseio pessoal, vestir-se, alimentar-se), passando a depender de um cuidador. Na doença avançada, observa-se a tríade afasia, apraxia e agnosia, caracterizada pela perda significativa da linguagem, da capacidade de desempenhar tarefas e de nomear pessoas e objetos. Alterações psíquicas e comportamentais, tais como psicose, alterações do humor e do sono, agitação psicomotora e agressividade, estão presentes em até 75% dos casos, em algum estágio da evolução da demência, causando grande desgaste para os cuidadores, e necessitando de intervenções farmacológicas pontuais.

Tratamento

O tratamento farmacológico da DA pode ser divido em quatro níveis: (1) terapêutica específica, que tem como objetivo reverter processos patofisiológicos que conduzem à morte neuronal e à demência; (2) abordagem profilática, que visa a retardar o início da demência ou prevenir declínio cognitivo adicional, uma vez deflagrado processo; (3) tratamento sintomático, que visa restaurar, ainda que parcial ou provisoriamente, as capacidades cognitivas, as habilidades funcionais e o comportamento dos pacientes portadores de demência; e (4) terapêutica complementar, que busca o tratamento das manifestações não-cognitivas da demência, como exemplo: agressividade e distúrbio do sono.Inibidores das colinesterases:

Os inibidores das colinesterases (I-ChE) são as principais drogas hoje licenciadas para o tratamento específico da DA. Seu uso baseia-se no pressuposto déficit colinérgico que ocorre na doença, e visa o aumento da disponibilidade sináptica de acetilcolina, através da inibição das suas principais enzimas catalíticas, a acetil e a butirilcolinesterase. Têm efeito sintomático discreto sobre a cognição, algumas vezes beneficiando também certas alterações não-cognitivas da demência.
Os I-ChE podem ser classificados com base na reversibilidade e duração da inibição das colinesterases (Tabela 1). Tacrina, galantamina e donepezil são inibidores reversíveis da acetilcolinesterase, respectivamente de duração curta, intermediária e longa. A inibição da enzima tem duração intermediária para o inibidor pseudo-irreversível (ou lentamente reversível) rivastigmina, e longa para o inibidor irreversível metrifonato. Este último teve os seus estudos clínicos descontinuados, devido à sua toxicidade. Tacrina e rivastigmina inibem também a butirilcolinesterase, o que pode resultar em maior incidência de efeitos colaterais periféricos; por outro lado, a butirilcolinesterase também está envolvida na maturação das placas neuríticas, e sua inibição pode representar benefícios adicionais ao tratamento (Mesulam e Geula, 1994). A inibição das colinesterases pela rivastigmina é classificada como pseudo-irreversível, uma vez que ocorre dissociação temporal entre seus parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos: a interação da enzima com a rivastigmina, na fenda sináptica, leva à formação de um produto de clivagem fenólico com atividade farmacológica mínima e rápida excreção, e de um complexo carbamilado com a enzima, que impede a hidrólise da acetilcolina, por inibição competitiva e duradoura, porém reversível. Com isso, os efeitos inibidores perduram após a eliminação da droga–mãe e seus metabólitos, reduzindo assim os riscos de interações medicamentosas.A resposta aos I-ChE é heterogênea, sendo que alguns pacientes beneficiam-se muito, enquanto outros, muito pouco. Estudos controlados por placebo mostram que os benefícios são geralmente observados a partir de 12 a 18 semanas e, possivelmente, desaparecem após seis a oito semanas da interrupção do tratamento (Jann, 1998). Os estudos que avaliaram a eficácia dos I-ChE mostraram, de forma consistente, que a sua administração para pacientes com DA leve ou moderada resulta em benefícios discretos, mas significativos em relação aos grupos não-tratados, sobre a cognição, o comportamento e as capacidades funcionais.

Comentários:

Devemos levar em consideração que o tratamento da DA não é um tratamento curativo e sim apenas de prolongação do quadro clinico e uma melhor qualidade de vida para o paciente. Ainda devemos considerar os efeitos adversos e colaterais que a maioria das vezes chega a superar o efeito terapêutico desejado. Deve-se ter cuidado com os efeitos extra piramidais do paciente usuário de fármacos para tratamento da Da.

PESQUISA NO DATASUS

RESULTADO DA PESQUISA NO DATASUS SOBRE OBITOS EM MENORES DE 1 ANO NAPARAIBA NO ANO DE 2004.
A.9 Mortalidade proporcional por idade, em menores de 1 anoÓbitos segundo Unidade da FederaçãoUnidade da Federação: ParaíbaRegião: Região NordesteCapital: João PessoaPeríodo: 2004"Unidade da Federação";"Óbitos"
"Paraíba";202
"Total";202

quarta-feira, 9 de abril de 2008

09/04/08 pesquisa anvisa

CLORIDRATO DE CLORPROMAZINA PORT. 344/98 LISTA C1CLORPROMAZINA 25992.011301/74- 1.0298.0005.005-125 MG COM CT FR VD AMB X 200 (EMB. HOSP.)0905011 NEUROLEPTICOS 36 MESES104 ALTERACAO DE REGISTRO POR MODIFICACAO DE ADJUVANTE 10/2003

quarta-feira, 12 de março de 2008

filtragem de calcio na dieta

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calcio and dieta
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pesquisei e filtriei e encontrei 43 art

quarta-feira, 5 de março de 2008

minha primeira filtragem

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clorpromazina [Palavras] and ( ação ) or "ACAO" [Palavras]
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Id:
275818
Autor:
Bechelli, Luiz Paulo de C.
Título:
Impacto e evoluçäo do emprego dos neuropépticos no tratamento da esquizofrenia / Impact and evolution of the use of antipsychotic agents the tratment of schizophrenia
Fonte:
J. bras. psiquiatr;49(5):131-47, maio 2000. ilus, tab.
Idioma:
Pt.
Resumo:
Revendo a literatura, o autor aborda os seguintes tópicos: década de 50, um marco na história da psicofarmacoterapia; síntese e descoberta da propriedade antipsicótica da clorpromazina; denominaçäo (neuroléptico ou antipsicótico); classificaçäo de acordo com a estrutura química e os efeitos clínicos; atividade antipsicótica; antipsicóticos de açäo prolongada; neuroleptizaçäo ou tranquilizaçäo rápida; dose única diária, "drug holidays" e tratamento intermitente; dose; eficácia, terapêutica; clozapina (neuroepilético atípico); novos antipsicóticos; seleçäo do antipsicótico. Faz, também, recomendaçöes sobre o emprego no primeiro episódio e no tratamento de manutençäo. O autor conclui que os antipsicóticos trouxeram benefícios consideráveis, proporcionando remissäo completa em cerca de 25 por cento dos casos, reduzindo ao máximo as internaçöes, com possibilidade de reintegraçäo do doente à família, à sociedade e ao trabalho. Esquizofrênicos em primeiro episódio podem ter melhora acentuada; entretanto, ao prolongar-se o tratamento, verifica-se que a resposta se torna menos favorável em proporçäo elevada de casos, ficando os pacientes sujeitos a recidivas. Os antipsicóticos de nova geraçäo ainda näo demonstraram capacidade de modificar essa tendência (AU)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

meu primeiro index

Descritor Inglês: Chlorpromazine
Descritor Espanhol: Clorpromazina
Descritor Português: Clorpromazina
Categoria: D02.886.369.198
D03.494.741.198

Definição Português: Droga antipsicótica protótipo da fenotiazina. Acredita-se que as ações antipsicóticas da clorpromazina, assim como as outras drogas desta classe, resultam da adaptação, a longo prazo, pelo encéfalo, bloqueando os RECEPTORES DOPAMINÉRGICOS. A clorpromazina tem várias outras ações e usos terapêuticos, inclusive como antiemético e no tratamento do soluço intratável.